terça-feira, 15 de março de 2011

Os filhos da pauta.

A pauta, fisicamente é o papelzinho que o repórter recebe, geralmente com uma matéria sobre a matéria.

Vem com indicações sobre direcionamento, tempo, horóscopo, simpatia para trazer a pessoa amada, condições climáticas, resultado do bicho e sugestões de imagens.

É a bula da reportagem. Lá contém todos os detalhes, macetes e contra-indicações.

Funciona quase como a Bíblia, se o repórter tiver boas intenções, souber interpretar e seguir direitinho às vezes (disse às vezes) pode se salvar.

Mas o pauteiro é outra criatura engraçada e exepcional.

Ar condicionado, jornais impressos, canal e sites de noticias, twitter e café. O habitat do pauteiro é esse. São arredios, mas vivem em bandos. Muitos nunca estiveram no front, nas ruas. Muitos têm medo de enfrentar o sol e talvez a chuva. Medo de ser acertado na cabeça, propositalmente ou não, pela câmera do cinegrafista ou de levar cotovelada em coletiva e depois fazer um stand-up.

Outros não têm medo! Esse entende e ajuda muito a equipe que está na rua, mas conhece todas as malandragens do repórter. Sempre desconfia da pauta que cai, do imprevisto, da chuva...

O pauteiro é o palpiteiro no jornalismo. Canta a jogada pro repórter, cinegrafista, assistente, motorista...

É prudente tentar seguir a pauta, porem isso não impede de improvisar. Sempre tome cuidado. É fácil se desesperar quando se tem pouco tempo para produzir muita coisa, fácil se estressar quando o planejamento é todo seu e é mais fácil querer mandar quando se trabalha perto do chefe.

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