terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O assistente de cinegrafista.

Hoje a facilidade de se fazer um vídeo é imensa. Celulares, maquinas fotográficas portáteis, notebooks e até as bonecas Barbie tem câmeras com mais qualidade que as usadas na década passada. Antes existiam as câmeras que gravavam em U-Matic [ou seria no U-Matic, não sei!] e não era apenas o cinegrafista que operava o equipamento. O “filmadô” nem apertava o REC. Além da câmera existia uma caixa grande chamada de VT onde o assistente/operador se posicionava atrás do cameraman e apertava o REC. As famosas “caixas de picolé”. Nessa época, as equipes de reportagens eram imensas. Tinha motorista, iluminador, operador de VT, repórter e se tivesse algum espaço na mala levavam o cinegrafista. [Isso deveria ser uma piada, nem sempre é. Ainda acho que o cinegrafista é fundamental, mas só quando ele se lembra de levar a fita/cartão.]

Infelizmente nunca toquei numa câmera dessas

No fim dos anos 80 houve a evolução, as câmeras betas começaram a ser usadas no telejornalismo aqui no RN.

É quando começa o castigo de todo repórter cinematográfico. Uma câmera dessas mais “leve” chega a pesar em média 6 kg. Mas vamos pular essa parte, isso é assunto para outro post.

Continuando... Como as câmeras já tinham o VT embutido, às televisões resolveram enxugar o quadro de funcionários. Os primeiros a pular fora foram os motoristas e iluminadores e quem se adaptou as funções foram os assistentes. Com o tempo, as câmeras foram diminuindo de tamanho e os diretores de TVs resolveram: dá para o cinegrafista filmar com uma mão e dirigir com a outra. Dizem que foi a segunda melhor coisa que a elite desse país já fez depois da abolição dos escravos. Discordo, acredito que antes de demitir os assistentes deveriamos pelos menos dar algumas chibatadas. Entretanto algumas TVs com senso de justiça e ética não aboliram os assistentes. Eles estão em extinção, mas ainda existem na televisão brasileira.

Fotos de algumas espécies raras que trabalham comigo.


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